Fazer exercícios físicos regularmente, manter uma dieta saudável e não fumar estão entre as principais dicas dos médicos para que a saúde do cérebro seja mantida no envelhecimento. Agora, um estudo publicado em julho deste ano, na revista científica Nutrients, aponta que comer queijo pode ajudar a evitar demência.
Pesquisadores do Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia em Obu, no Japão, monitoraram a saúde e os hábitos alimentares de mais de 1.500 japoneses acima de 65 anos. Segundo o tabloide britânico Daily Mail, aqueles que comiam laticínios regularmente, como os queijos, obtiveram melhores resultados em testes cognitivos.
Os cientistas acreditam que o queijo pode conter nutrientes que estimulam a função cerebral, mas são necessários mais estudos para confirmar os resultados.
Para investigar a ligação entre o cérebro e os laticínios, os participantes responderam questionários sobre os hábitos alimentares e a saúde. Cerca de oito em cada 10 incluíam queijo na dieta: 27,6% comiam todo dia; 23,7% ingeriam uma vez a cada dois dias; e 29,7% consumiam o laticínio uma ou duas vezes por semana.
O queijo processado foi o mais popular, com dois terços (cerca de 66%) selecionando essa opção. Mas foram relatados também queijo com mofo branco (1,5%), como brie, camembert e cream cheese; queijo fresco (13%), incluindo feta, mascarpone e ricota; e queijo de mofo azul (2,5%), como gorgonzola.
Os voluntários realizaram um teste com 30 questões para avaliar a função cognitiva, incluindo orientação, atenção, memória, linguagem e habilidades visuoespaciais. Notas abaixo de 23 indicavam pior função cognitiva.
De acordo com o Daily Mail, os resultados mostraram que os participantes que incluíram queijo nas dietas tiveram menos probabilidades de receber uma pontuação abaixo desse limiar, sugerindo que tinham melhor saúde do cérebro. Em média, quem comeu o laticínio marcou 28 pontos, enquanto quem não comeu obteve 27.
Os comedores de queijo também tinham índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial ligeiramente mais baixos, além de velocidade de caminhada mais rápida e maior variedade de alimentos na dieta. No entanto, eles também tinham colesterol e açúcar no sangue mais elevados.
De qualquer forma, os cientistas alertam que as descobertas por si só não poderão provar que o queijo protege contra problemas de saúde no cérebro, e que são necessários estudos de acompanhamento para confirmar os resultados.
Fonte: Revista do Queijo