A China continuará a desempenhar “papel fundamental” nos mercados globais de laticínios como o maior importador mundial, mas também está no caminho de aumentar sua própria produção de leite, de acordo com um novo relatório do banco holandês Rabobank.
Embora a China seja o maior importador mundial de lácteos para atender sua grande população, que continua aumentando o consumo per capita de laticínios, as políticas governamentais também impulsionam o crescimento de sua própria produção de leite.
Michelle Huang, analista de laticínios do Rabobank, diz: “A China continuará a ter um papel muito importante na indústria global de laticínios, com a expectativa de que haverá um crescimento no déficit de importação. Em 2032, as importações deverão atingir algo em torno de 15 milhões de toneladas em litros equivalente leite (LME).
No entanto, o Rabobank também tem a expectativa de que a oferta da China passe dos 41,5 milhões de toneladas em 2023 para 47,4 milhões de toneladas em 2032.
A produção de leite da China triplicou nos últimos 20 anos porque o governo concedeu incentivos e as indústrias de processamento investiram pesadamente no setor.
De um modo geral, a expectativa do Rabobank é de que a demanda anual da China por lácteos crescerá em média 2,4% entre 2023 e 2032, com o consumo atingindo 51,2 milhões de toneladas em LME em 2032.
Ainda de acordo com o Rabobank, o crescimento da economia chinesa e o aumento da renda resultarão em um aumento correspondente na demanda por lácteos.
O governo chinês também incentiva o aumento do consumo de produtos lácteos em suas diretrizes de alimentação nacional, sugerindo o consumo diário de lácteos entre 300-500 gramas por pessoa.
Fonte: Agriland, via site Terra Viva.