Estratégias envolvem boas práticas desde a ordenha até o processamento da matéria-prima e podem elevar a rentabilidade em propriedades leiteiras
Minas Gerais é a maior bacia leiteira do Brasil. Segundo dados da mais recente Pesquisa Trimestral do Leite, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado produziu cerca de 5,5 bilhões de litros de leite nos dois primeiros trimestres de 2023, o que representa 23,6% do total da produção nacional.
Para que a cadeia mantenha seus níveis de produtividade e rentabilidade, é essencial que os produtores estejam atentos às boas práticas que promovem uma melhor qualidade da matéria-prima em suas fazendas.
Nesse sentido, as pesquisadoras da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Cristiane Ladeira, Karina Toledo e Jaqueline de Sá, listam algumas estratégias que devem ser adotadas por pecuaristas, a fim de alcançarem resultados mais qualitativos.
Como se mede a qualidade do leite? – A qualidade do leite fluido é estabelecida por meio da avaliação das características físico-químicas e sensoriais, por meio de parâmetros de baixa contagem de bactérias, baixa contagem de células somáticas (CCS), ausência de microrganismos patogênicos, de conservantes químicos, e de resíduos de antibióticos, pesticidas e outras drogas.
A composição do leite é determinada pelos teores de proteína, gordura, lactose, sais minerais e vitaminas.
“Um leite com altos teores de proteína e gordura é vantajoso, pois proporciona um maior rendimento dos produtos lácteos”, explica Cristiane Ladeira. “Já a contagem das CCS está relacionada à presença de mastite subclínica no rebanho, então quanto menor o seu índice, melhor para a qualidade do leite. Isso também vale para a contagem de bactérias na matéria-prima, pois é um dado que remete à higiene na ordenha, no tanque de resfriamento e no processamento do leite”, completa.
Manejo nutricional promove aumento de rentabilidade – Diversos fatores influenciam a qualidade do leite, como alimentação, raça e saúde das vacas, além de fatores relacionados à obtenção, resfriamento e armazenagem do leite.
As pesquisadoras também destacam o manejo nutricional dos animais como importante para a rentabilidade das propriedades, pois, se bem feito, ele ocasiona um aumento na produção de sólidos do leite, o que eleva, consequentemente, a bonificação paga pela indústria ao produtor de leite.
Fonte: Ascom Epamig / Governo de MG, via Portal DBO