Fabricantes de parmesão adicionam chips no queijo para evitar falsificações

A tecnologia está espalhada por todo o lado, em nossas casas, nos edifícios, livros, roupas, dinheiro… mas sabia que até na comida é possível? Pois agora os fabricantes de parmesão estão adicionando chips nos seus queijos para prevenir as falsificações dos seus produtos.

Estamos habituados a conviver com a tecnologia bem de perto. E embora não seja assim tão comum a vermos aplicada a produtos alimentares, a verdade é que tal já acontece. Segundo recentes notícias, os fabricantes do famoso parmesão Parmigiano-Reggiano, produto DOP de origem italiana, decidiram começar a integrar pequenos chips tecnológicos nos queijos para rastrear os produtos e evitar a falsificação dos mesmos.

Nas falsificações, tal como acontece em outros setores, tenta-se fazer passar um produto de marca própria por um de qualidade superior, que consegue assim ser vendido por um preço mais baixo, enganando os consumidores que, por sua vez, julgam ter feito um bom negócio. Devido às preocupações com os contrabandos e falsificações deste queijo, muito apreciado na gastronomia de vários países, os fabricantes decidiram agir.

A solução encontrada foi a implementação de chips dentro dos queijos para ser possível determinar se estes eram reais ou falsos. Esta medida foi possível graças aos componentes, designados por micro-transponders, criados pela empresa norte-americana p-Chip, com sede em Chicago. Trata-se de âncoras criptográficas que são chips minúsculos, com uma dimensão semelhante aos grãos de sal e que fornecem um código de identificação exclusivo. Ao serem lidos pelo scanner, o código é transmitido através de ondas de radiofrequência ultrabaixas.

A p-Chip considera que a sua nanotecnologia pode ser integrada “virtualmente a qualquer bem físico“. Os seus chips não podem ser falsificados, são minúsculos, duráveis e acessíveis, conseguindo mesmo suportar temperaturas desde 200 graus negativos até 500 graus. No caso do queijo, o chip é inserido num rótulo de caseína que depois fará parte da casca. Até ao momento, esta tecnologia já foi inserida em 100.000 queijos parmesão do longo do último ano.

Uma das características que dá popularidade ao queijo Parmigiano-Reggiano é o fato deste ter uma longa história que remonta à Idade Média, acreditando-se que já no ano de 1200 o queijo era feito de forma semelhante aos dias de hoje. Estima-se que as suas vendas mundiais giram em torno de 2.440 milhões de dólares, mas o detalhe é que as versões falsificadas geraram cerca de 2.000 milhões de dólares, ou seja, praticamente o mesmo valor. Dessa maneira, dá para ter uma ideia de como é urgente fazer algo contra este fenômeno.

Fonte: Revista do Queijo

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