Custo de produção de leite tem leve queda em fevereiro

Após uma expressiva elevação no custo de produção de leite em janeiro, o mês de fevereiro fechou em ligeira queda de -0,2%. Mas, em 2023 a inflação de custos acumulada nos dois primeiros meses do ano está em 1,0%, enquanto a variação anual de custos de produção de leite registrou uma deflação de -1,2%.


Volumosos (alimentação verde) e Minerais puxaram o custo para baixo – O custo do grupo Volumosos foi fundamental para a queda do custo de produção de leite em fevereiro, dada a sua importância na formação de custos da atividade e, também, pela intensidade com que ocorreu. Em fevereiro, este grupo teve retração de custos de -2,4%. O preço dos fertilizantes foi o principal fator. Outro grupo de custos que registrou deflação foi a aquisição de Minerais, que teve variação de custos de -2,6%.


Num outro extremo, apresentando comportamento altista, o grupo que se destacou foi o de Qualidade do leite, com elevação de 3,1% nos preços em apenas um mês. O grupo Concentrado registrou alta de 0,6%, puxado por ração para vaca, farelo de algodão e polpa cítrica. A queda no preço do farelo de trigo não foi suficiente para reverter este movimento de alta. O grupo Sanidade e reprodução e o grupo Energia e combustível registraram leve crescimento de custos, da ordem de 0,3% e 0,2%, respectivamente. O custo do grupo Mão de obra não apresentou variação em fevereiro.


O custo de produção de leite se mantém elevado no acumulado do bimestre, com majoração de 1%. Apesar do custo do grupo Volumoso e Minerais terem acumulado quedas significativas de 1,9% e 2,0%, a elevação do custo do grupo Mão de obra foi muito significativa (6,1%), juntamente com o grupo Qualidade do leite (8,5%). Outros três grupos que compõem o custo de produção de leite acumulam altas, mas de menor expressão.


Na comparação de custos em doze meses, a variação foi de -0,2%, com dois grupos registrando variações fortes e em sentido contrário. O grupo Energia e combustível teve queda expressiva, de -13,8%, seguido por dois grupos que compõem a alimentação do rebanho, representada por Volumosos (-11,4%) e Concentrado (-5,1%). A desoneração de tarifas no segmento energético, a queda do preço do petróleo no mercado internacional e a retração de preços em milho e soja estão na origem deste fenômeno.


Por outro lado, quatro grupos apresentaram crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Qualidade do leite (27,9%), enquanto que o de maior impacto, pelo seu peso relativo, foi o de Mão de obra (12,8%). Os grupos Sanidade e reprodução e Minerais, respectivamente acumularam elevação de 9.2% e 5,7% no período de doze meses.
Conforme se verifica, ao longo de 2022 ocorreram impactos de forte e rápida elevação nos custos em momentos específicos, seguido por períodos de queda contínua nos custos de produção, caracterizando um período de forte volatilidade nos preços dos insumos.


Fonte: CILeite.

Mais postagens

Envie-nos uma mensagem