Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira lançou, na última sexta-feira (19/7), o Projeto Gir Leiteiro
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, lançou nesta sexta-feira (19/7) o Projeto Gir Leiteiro, que pretende fomentar a produção de leite pelos pequenos produtores e assentados da reforma agrária do país por meio do melhoramento genético da raça com a transferência de embriões.
No Plano Safra da Agricultura Familiar 24/25, o governo incluiu uma linha para o financiamento de genética animal, como a aquisição de embriões, com juros de 3% ao ano. Os pecuaristas também podem acessar os recursos para a recuperação de pastos, a aquisição de tanques de resfriamento de leite e máquinas ordenhadeiras.
Teixeira disse que o objetivo é fomentar a melhoria genética e o aumento da eficiência do rebanho leiteiro para melhorar a produtividade nas pequenas propriedades. “Vamos melhorar a competitividade da agricultura familiar na produção leite. Aumentar a eficiência, a produtividade no pasto. Isso vai gerar um salto e fortalecer a produção”, disse Teixeira à reportagem.
O projeto foi encabeçado por Evandro Guimarães, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), ressaltou Teixeira. Outro parceiro importante foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), com quem as iniciativas serão implementadas inicialmente. Mas o objetivo é expandir a ação para todo o país, disse o ministro. Ele não especificou o volume de produção que espera alcançar no projeto nem a nível nacional.
“Vamos começar aqui, mas queremos levar para todo o país. É um programa muito impetuoso para dar escala à produção leiteira na agricultura familiar”, pontuou. O ministro destacou que a escolha da raça Gir Leiteiro se deve à rusticidade e capacidade de adaptação dos animais aos ambientes de clima tropical, inclusive com as mudanças climáticas.
O ministro elencou seis vantagens da raça para expandir a produção nos assentamentos. A primeira é a alta produção de leite. “A criação desse gado pode ser altamente lucrativa para os assentados da reforma agrária”, disse. Na lista também está a facilidade de manejo, o alto valor genético, a resistência a doenças, a eficiência alimentar e a adaptabilidade a diversos ambientes.
“Essa raça é conhecida por resistir bem a climas quentes e úmidos, tornando-a ideal para regiões tropicais e subtropicais. O Gir Leiteiro também é reconhecido por sua capacidade de converter alimentos em leite de forma eficiente, isso significa que, em comparação com outras raças de gado, requer menos alimentação para produzir a mesma quantidade de leite”, apontou. Essa eficiência alimentar, disse Teixeira, é um fator crucial para os assentados da reforma agrária, já que representa redução de custos.
Fonte: Globo Rural