O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentou, no mês passado, os resultados da pesquisa “Diagnóstico da Cadeia Leiteira em Mato Grosso”.
Os dados apresentados pelo Imea são relacionados ao perfil do produtor, da propriedade, produção leiteira, mão de obra, manejo, custo de produção precificação, bonificação, qualidade do leite, entraves na cadeia leiteira, panorama da produção de leite nos últimos anos, dentre outros.
O estudo se deu por meio de pesquisa exploratória e descritiva, tendo a coleta de dados realizada através de levantamento de campo e contando com a participação de 2.548 entrevistados, entre produtores de leite, indústria de laticínios, cooperativas de leite e varejo.
“Esse é um trabalho que nós já tínhamos a ideia de fazer bem antes da pandemia e que se concretizou agora. É um estudo necessário para que possamos discutir a política do leite em Mato Grosso e que com certeza irá nos ajudar a atrair políticas de estado voltadas para a pecuária de leite”, salientou Dolor Vilela, presidente da Aproleite-MT.
Em relação ao segmento produtivo, o Imea identificou que o perfil do pecuarista leiteiro de Mato Grosso é caracterizado majoritariamente pelo gênero masculino, representando 70,67% do total entrevistado, e com idade entre 41 e 72 anos (65% da amostra), sinalizando o envelhecimento dentro da porteira.
De acordo com a caracterização da propriedade, 66,32% da média de produtores de Mato Grosso possui área de até 30 hectares destinada à produção de leite e 56,90% apresentam produção média de até 100 litros/dia em período de águas, o que caracteriza produtores de pequena escala.
Além disso, 63,57% dos produtores de leite não realizam planejamento da produção e, dos que realizam, 74,92% fazem uso apenas do planejamento no curto prazo, o que sinaliza dificuldade na gestão da atividade.
Confira o material na íntegra.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).