Empresas de laticínios investem R$ 170 milhões para industrializar soro do leite

Começa a tomar forma em Palmeira das Missões uma das maiores plantas de industrialização de soro do leite no Rio Grande do Sul, com uma capacidade de processamento de até 1,4 milhão de litros do produto por dia a partir de abril de 2024.

O investimento, que chegará a R$ 170 milhões, agora em fase de construção na área que pertencia até 2020 à Nestlé, é feito por um grupo de oito laticínios produtores de queijo da região, que formou a Whey do Brasil.

Na última semana, o projeto foi aprovado pelo Fundopem para obtenção de redução de ICMS nos próximos anos. As informações constam no Anuário de Investimentos 2022 do Jornal do Comércio.

“É um projeto que vínhamos trabalhando para viabilizar há alguns anos. Durante muito tempo o soro do leite resultante da produção de queijo era um problema para o produtor. Era descartado com alto risco poluente. Hoje, é uma grande oportunidade para a cadeia do leite gaúcho, e especialmente para os pequenos produtores terem maior valor agregado ao seu produto”, diz o empresário Wlademir Dall’Bosco, presidente da Mandaká Alimentos, que é uma das integrantes do consórcio Whey do Brasil.

De acordo com Dall’Bosco, o soro resultante destas oito produções de leite será absorvido em sua totalidade pela Whey do Brasil, mas também representará mais oportunidade para o setor no Norte do Estado.

Para que se tenha uma ideia, a cada quilo de queijo produzido, restam 9 litros de soro de leite. Já há indústrias processadoras deste produto no Rio Grande do Sul, mas esta será a primeira experiência deste grupo de empresas neste setor.

A expectativa é de que, em curto prazo, a capacidade produtiva poderá até mesmo triplicar. O principal mercado consumidor do que será produzido pela Whey do Brasil está, de acordo com o empresário, concentrado nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil.

As informações são do Jornal do Comércio, adaptadas pela equipe Milkpoint. (editado)

Mais postagens

Envie-nos uma mensagem