Preço do leite UHT subiu 10,9% em maio, aponta CiLeite

Entressafra, chuvas no Rio Grande do Sul e queda nas importações elevou os valores

A combinação de entressafra, problemas no Rio Grande do Sul e queda nas importações provocou alta nos preços do leite e seus derivados no mês de maio, segundo informativo do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite (CiLeite).

O preço do leite UHT no atacado de São Paulo subiu 10,9% em maio, em comparação com abril, para o valor de R$ 4.68 por litro. Em comparação com maio de 2023, houve incremento de 0,3%.

No mercado spot, o preço do leite subiu 17,5% em maio em relação ao mês anterior, e 11,7% em comparação com maio de 2023, fechando o mês a R$ 3,11 o litro.

O preço do leite em pó, por sua vez, subiu 7,7% em relação a abril e 0,5% sobre maio do ano passado, atingindo R$ 30,14 por sachê de 1 quilo no atacado de São Paulo.

O preço da muçarela, por sua vez, avançou 12,1% em maio, em relação a abril, e subiu 1,6% comparado a maio do ano passado, para R$ 32,27 o quilo no atacado.

Os pesquisadores da Embrapa observaram em relatório que maio é o meio de menor produção nacional de leite. Além disso, as enchentes no Rio Grande do Sul afetaram o início da safra no Estado, causando perdas de volume de leite ao longo do mês. Também houve queda nas importações de leite e derivados. Esses fatores juntos reduziram a oferta de leite no mercado interno.

No mercado internacional, a produção dos principais exportadores segue recuando e os preços nos últimos leilões do Global Dairy Trade registraram tendência de alta.

Alta para o produtor

De acordo com o relatório, o pagamento do leite entregue em maio pelos produtores tiveram aumento de preço em todos os Estados, em linha com o movimento de alta nos preços dos derivados de leite e preços no mercado spot.

A maior alta foi registrada no Rio Grande do Sul, de 8,1%, no preço do leite entregue em maio e a ser pago em junho.

Em seguida, as maiores altas foram registradas no Paraná (7,3%), em Minas Gerais (5%) e em Santa Catarina (4,2%).

Custos de produção

Outra notícia positiva para os produtores foi a quase estabilidade nos preços do milho em maio, pressionados pela comercialização da safra e perspectiva de uma safrinha cheia. Na Argentina, no entanto, há risco de fortes perdas na região norte, por causa dos ataques de cigarrinhas nas lavouras. Em Campinas (SP), a saca do milho foi negociada a R$ 59,36 no fim de maio, queda de 0,5% em relação a abril e alta de 2,1% em relação a maio de 2023.

Já no mercado de soja, as cotações subiram em maio, com produtores retendo safra e cadenciando as vendas. Perdas na safra do Rio Grande do Sul e desvalorização do real ante o dólar também exerceram pressão altista.

“As trades acabaram pagando um prêmio pelo produto, o que puxou as cotações do farelo ao longo do mês”, informou o relatório. O preço do farelo registrou alta de 14,4% em maio ante o mês anterior, e queda de 4,6% em relação a maio de 2023, finalizando o mês a R$ 2.303 a tonelada no Paraná.

Fonte: Globo Rural

Mais postagens

Envie-nos uma mensagem