Publicação traz as pesquisas e as tecnologias capazes de aumentar, de forma sustentável, a produtividade e a lucratividade do setor
O Anuário Leite 2024, produzido pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a Texto Comunicação Corporativa, foi lançado na terça-feira passada, durante a abertura da Megaleite, e pode ser acessado no site da instituição.
Em 2023, o país bateu recorde de importação de lácteos, comprados principalmente da Argentina e do Uruguai. Segundo Elizabeth Nogueira Fernandes, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, “a mudança na oferta e na demanda de leite refletiu-se no comportamento das margens financeiras em todos os elos da cadeia, em especial no poder de compra do produtor”.
A conjuntura econômica é o foco das primeiras páginas do Anuário. Analistas e pesquisadores da Embrapa fazem análises do mercado e índices de produção do Brasil e de outros países. No artigo “10 reflexões sobre a competitividade e os desafios do leite brasileiro”, é destacado a importância da eficiência na gestão técnica e econômica para que o produtor se mantenha de forma sustentável na atividade, superando os momentos de crise da pecuária de leite nacional.
“A ciência brasileira tem muito a contribuir para essa superação”, afirma a chefe-geral. Há muita tecnologia desenvolvida pela pesquisa agropecuária, já incorporadas por parte do setor produtivo, capazes de promover essa superação. O Anuário elenca algumas dessas tecnologias como práticas para recuperação de pastagens degradadas, técnicas para redução da pegada de carbono do leite e protocolo de biosseguridade em fazendas leiteiras. Há ainda soluções a serem lançadas em breve, como a avaliação genômica multirracial, que permitirá identificar animais Gir Leiteiro com genética superior para cruzamento com bovinos da raça Holandesa a fim de se obter o melhor Girolando.
Fonte: Rubens Neiva / Embrapa Gado de Leite