Com a estabilidade nos custos de produção da pecuária leiteira e a valorização de 4,84% do leite em maio, a margem bruta do produtor avançou 24% no período
A margem bruta saiu de R$ 0,49/litro em abril para R$ 0,61/l em maio, considerando-se a “média Brasil”. Os cálculos são do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro.
O Custo Operacional Efetivo (COE) ficou estável em maio frente ao mês anterior na “média Brasil” (bacias de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), após a queda observada em abril.
Os custos com ração se mantiveram em queda no mês (-0,45% de abril para maio), influenciados sobretudo pela desvalorização do milho. Apesar da baixa, maio foi marcado por incertezas, visto que as fortes chuvas e inundações que ocorreram no Sul do País prejudicam a produção de grãos, o que pode influenciar no custo da ração ao longo do ano.
Com o fim da campanha de vacinação, muitos produtores adquiriram outros medicamentos parapara realizar o manejo, movimento que deve diminuir nos próximos meses, segundo colaboradores do Cepea. Quase todos os grupos de medicamentos registraram preços estáveis, exceto os antibióticos, que se valorizaram 1% na “média Brasil” entre abril e maio.
Em regiões com maior cultivo de grãos, o baixo investimento por parte dos produtores (devido ao acesso limitado ao crédito e pela menor rentabilidade da atividade) mantiveram as vendas de máquinas agrícolas enfraquecidas.
O mesmo foi observado para o mercado de adubos, corretivos e defensivos agrícolas. Apesar dos preços estáveis ao longo do mês, colaboradores do Cepea indicam a baixa procura por esses produtos em maio.
RELAÇÃO DE TROCA – Com a queda no preço do milho e a valorização do leite pago ao produtor, o poder de compra do pecuarista leiteiro segue ganhando força. Em abr/24, o produtor precisou de 24,3 litros de leite para adquirir uma saca de 60 kg do grão, abaixo da média dos últimos 12 meses, de 26,6 litros/sc.
Fonte: Cepea-Esalq/USP