Alvoar, dona da Betânia e Embaré, prevê aumentar produção de iogurtes em 30% no Ceará

Porém, para a empresa, aumento de valor pago ao produtor por litro de leite está atrelado a aumento de qualidade do produto

O grupo Alvoar Lácteos, detentor das marcas Betânia, Embaré e Camponesa, está realizando uma expansão na sua fábrica, em Morada Nova, para ampliar a produção de iogurtes em 30%. O local possui, atualmente, 900 postos de trabalho, e deve abrir mais 50 vagas. A inauguração desta ampliação está prevista ainda para o final deste ano e o investimento é de em torno de R$ 20 milhões. As informações foram passadas pelo CEO da Alvoar, Bruno Girão.

Ele lembrou que nos últimos dois anos a fábrica já estava passando por ampliações e investimentos, com plantas de leite em pó e de leite condensado e, agora, o foco será nas linhas de iogurtes. “Estamos terminando alguns investimentos e aumentando a nossa planta de iogurtes para produzir 30% a mais. Então, aqui para o Ceará, nos próximos seis meses estamos com essa previsão de investimento, em torno de R$ 20 milhões”.

Girão comentou que a planta de Morada Nova é a que atende toda a região Nordeste e que esses investimentos só foram feitos porque o Governo do Estado “equalizou os incentivos fiscais com os outros estados da região”

A região Nordeste vêm passando por transformações que evidenciam novos caminhos e oportunidades de crescimento para o leite brasileiro. A representatividade da região na captação formal de leite no Brasil em 2022 foi de aproximadamente 7,8% do volume total.

Em janeiro deste ano, a venda de produtos lácteos no estado do Ceará recebeu isenção de 100% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Com isso, o governo teve a intenção de tornar o Ceará mais competitivo para atrair novas indústrias do segmento leiteiro, fomentando a geração de empregos.

“Antes era mais ou menos a mesma condição que a Bahia e Pernambuco dava e agora com essa redução de ICMS resolvemos manter a planta aqui”, reforça o empresário, lembrando também que o grupo chegou a avaliar se não valeria a pena levar a planta para outros estados por questões fiscais. “Então, nesse sentido, o Ceará está sendo mais uma vez beneficiado com os investimentos do grupo”.

Inspeção do leite no Estado ainda é um desafio

Durante o evento Pecnordeste, ocorrido no início do mês de junho, um dos pontos apontados como desafiadores para o setor produtivo de leite foi o da inspeção. No Ceará, cerca de 30% da produção, apenas, é inspecionada. Sobre esse ponto, Girão comenta que as regiões Norte e Nordeste são as que menos industrializa em inspeção Federal ou em inspeção de alguma forma. No sul e sudeste essa porcentagem seria entre 60 e 70%.

“Aqui tem muitas pequenas queijarias, por exemplo. Então, o Nordeste ainda tem um passo grande para avançar nisso. Nós, como indústria, a Alvoar, nas marcas Betânia, Camponesa, Betânia Kids, ou seja, todas as nossas plantas são inspecionadas, com selo de inspeção federal, que nos permite, inclusive, exportar, vender em diversos estados do País, além de ter um nível de fiscalização muito maior para empresas que têm esse selo de inspeção”.

Fonte: Diário do Nordeste

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