Em fase experimental de validação, uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa, com o apoio da iniciativa privada, é uma alternativa à carência de técnicas rápidas e confiáveis para avaliar a qualidade do leite cru no local de produção. O sistema digital permite acesso aos dados da análise de forma remota via conexão de rede sem fio (Wi-fi).
Chamada de SondaLeite, a inovação foi capaz de detectar com precisão e em segundos um problema multifatorial que traz grandes prejuízos à cadeia produtiva brasileira, a incidência do leite instável não ácido (Lina). O SondaLeite utiliza feixes de luzes para constatar em 25 segundos as diferentes condições do leite cru, se normal, Lina ou ácido.
O projeto de desenvolvimento do SondaLeite teve início em 2019, mas sofreu interrupção por causa da pandemia da Covid-19. No final do ano passado, as pesquisas foram retomadas com a realização de novos testes de detecção da estabilidade do leite cru.
Desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP) em parceria com a Embrapa Clima Temperado (RS), com o apoio da Dairy Equipamentos, com sede em Curitiba (PR), o SondaLeite utiliza feixes de luzes para constatar em 25 segundos as diferentes condições do leite cru, se normal, Lina ou ácido.
Com os resultados obtidos na fase experimental de validação, a tecnologia entra no processo de licenciamento para a iniciativa privada, a fim de que seja realizada a produção em escala e disponibilizada ao setor leiteiro uma maneira confiável de detectar a estabilidade do produto.
Os testes usados tradicionalmente estão sujeitos a falhas humanas por serem de decisão conforme a capacidade e experiência do analisador. Também apresentam pouca confiabilidade para estimar a estabilidade térmica do leite. Mesmo assim, são utilizados e empregados como critério para a tomada de decisão de captação ou não do leite antes mesmo de sair da propriedade rural.
Diante da necessidade de um teste rápido que identifique as diferentes condições do leite cru – normal, Lina e ácido –, adequado ao processamento térmico, o SondaLeite é uma ferramenta com potencialidade para eliminar a interferência humana, incertezas, minimizar os prejuízos da cadeia leiteira, especialmente aos pequenos produtores, e suprir a carência do mercado para detecção rápida do Lina.
Fonte: Embrapa, via Canal do Leite.