Cresce a produção de leite no 2º trimestre de 2023

Aquisição do leite – No 2º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,72 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 4,0 % em relação ao 2° trimestre de 2022, e decréscimo de 3,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. 

No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os segundos trimestres apresentam regularmente uma menor recolha do ano, por conta do período de entressafra em algumas das principais bacias leiteiras do País. Maio foi o mês de maior coleta, com 1,94 bilhão de litros, 4,3% a mais do que o registrado no mesmo mês do ano anterior. Considerando as médias monetárias, o preço médio pago ao produtor teve o ápice registrado em abril (R$ 2,84), porém com tendência de queda ao longo do trimestre, registrando R$ 2,58 em junho.

A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 40,0% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (35,8%), Centro-Oeste (11,3%), Nordeste (9,1%) e Norte (3,8%).No comparativo do 2º trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022, o acréscimo de 217,77 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 22 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Santa Catarina (+79,23 milhões de litros), Goiás (+35,97 milhões de litros), Rio Grande do Sul (+32,16 milhões de litros), Sergipe (+26,56 milhões de litros), Paraná (+23,45 milhões de litros), Ceará (+18,02 milhões de litros) e Rio de Janeiro (+14,59 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais 26 relevantes ocorreram em Minas Gerais (-42,62 milhões de litros) e São Paulo (-30,01 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,0% da captação nacional, seguida por Paraná (14,3%), Santa Catarina (13,2%) e Rio Grande do Sul (12,6%).

Segundo dados da Estatística Experimental do Preço do leite cru pago ao produtor realizada pelo IBGE, o preço líquido médio do litro de leite pago ao produtor no 2º trimestre de 2023 foi de R$ 2,71, valor 0,7% acima do praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio auferido no 1° trimestre de 2023, houve acréscimo de 1,1%.

Segundo o IPCA, o item Leites e derivados teve alta de 5,44% no acumulado de janeiro a junho de 2023, acima do Índice geral da Inflação de 2,87%. As altas mais significativas foram verificadas para o Leite fermentado (11,27%), Leite longa vida (9,17%) e Iogurte e bebidas lácteas (4,94%). O único item a apresentar variação negativa foi o Leite condensado (-3,63%).

A maior parte da captação de leite foi realizada por estabelecimentos que receberam maisde 150 mil litros por dia, responsáveis por 66,3% do volume captado no 2º trimestre de 2023.

No 2º trimestre de 2023 participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 754 estabelecimentos, 666 (38,0%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 800 (45,6%) no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 288 (16,4%) no Serviço de Inspeção Municipal (SIM),respondendo, respectivamente, por 89,8%, 9,4% e 0,8% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado.

Fonte: Indicadores IBGE, via site Terra Viva.

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