Consultoria aponta estratégias para fortalecer a indústria láctea do Brasil

Barrar importações de países do Mercosul, conquistar novos consumidores, focar em alta produtividade dos tambos e na indústria, e mirar para o mercado da Ásia estão entre alguns dos insights destacados por Thais Balbi e Giovana Araujo para que a indústria láctea brasileira encontre um caminho rumo ao seu fortalecimento e crescimento. As especialistas são sócias da KPMG Deal Advisory & Strategy, empresa de auditoria e consultoria. No painel “Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil”, realizado ontem (30/08) em parceria com o Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), na Expointer, em Esteio (RS), elas detalharam as estratégias, que se iniciam com o olhar para dentro do mercado nacional.

No Brasil, além de frear a entrada de produtos lácteos que chegam às prateleiras vindos da Argentina e do Uruguai, é preciso ampliar os sistemas voltados à produtividade e garantir redução nos custos de produção e insumos. Além disso, é preciso um reposicionamento frente à mudança no perfil de consumo de leite e derivados por setores que tiveram mais queda de capital, repensando portfólio e produtos. “É preciso reposicionar o leite em todas as classes, tanto entre as que vem perdendo renda e que coincidentemente são as que mais consomem, quanto as de maior poder aquisitivo, fazendo o processo educacional sobre os benefícios desta fonte nutriente, para que o costume de consumir lácteos seja percebido com valor, invertendo a trajetória na queda do consumo”, indica Giovana Araujo.

No cenário mundial, Thais Balbi aponta que a estimativa de crescimento, tanto por conta do aumento da renda quanto pela expansão populacional, é projetada globalmente na ordem de 33%. “A China importa anualmente 800 milhões de toneladas de leite e derivados, e deve continuar importando em volume cada vez mais crescente. O Brasil é um dos países com maior potencial de expandir sua indústria para atender este crescimento, seja no mercado interno ou no exterior e se posicionar como exportador de produtos de alto valor agregado, como os queijos e outros itens premium”, destaca.

Fonte: Sindilat

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