Demanda por derivados lácteos se desaquece em outubro

Os preços dos derivados lácteos seguiram em queda em outubro, sobretudo devido ao enfraquecimento da demanda. Segundo agentes de mercado consultados pelo Cepea, houve aumento na disponibilidade de matéria-prima no campo, elevando a captação na indústria e reduzindo os custos com a produção de lácteos. Apesar dessa recuperação na oferta de leite, a pressão sobre as cotações vem do consumo retraído na ponta final da cadeia.

A pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que, no estado de São Paulo, a tendência baixista se manteve em outubro, ainda que em menor intensidade que a observada nos meses anteriores.

Os preços médios da muçarela, do leite longa vida (UHT) e do leite em pó fracionado (400g) foram, respectivamente, de R$ 31,34/kg, de R$ 4,32/litro e de R$ 30,02/kg, quedas de 2,67%, de 2,64% e de 4,49% frente aos de setembro, na mesma ordem. Ressalta-se que, mesmo nesse cenário de desvalorização dos lácteos, os atuais patamares de negociação seguem significativamente maiores que os registrados em outubro/2021.

Para novembro, colaboradores do Cepea ainda têm expectativa de que os valores sigam enfraquecidos. Levando-se em consideração apenas a primeira semana do mês, observa-se que os preços médios parciais do leite UHT e da muçarela estiveram a R$ 4,18/litro e a R$ 30,87/kg, respectivamente, recuos de 3,19% e de 1,49% em comparação com as médias de outubro. No caso do leite em pó (400g), a média da parcial de novembro foi de R$ 29,79/ kg, recuo de 1,1% frente à do mês anterior. De acordo com agentes de mercado consultados pelo Cepea, não há elevação considerável dos estoques, mas as vendas enfraquecidas reforçam as baixas nas cotações.

Fonte: Boletim do Leite Cepea.

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