A crescente demanda global por leite oferece oportunidades para a América do Sul

A crescente demanda global por leite, que visa consolidar a Índia como o maior produtor e consumidor mundial até 2030, abre oportunidades para a América Latina, disse o presidente da Federação Internacional de Lácteos (FIL), o italiano Piercristiano Prazzale

“Até 2030, o comércio mundial crescerá 3% ao ano, e a demanda será liderada pela China, Sudeste Asiático e África. Os Estados Unidos consolidarão sua presença exportadora e a Nova Zelândia terá um superávit de exportação menor”, disse durante a 16º Congresso Pan-Americano de la Leche, na quarta-feira em Quito.

Prazzale acrescentou que “há uma oportunidade de mercado que pode ser aproveitada pelo setor de lácteos da América do Sul e da América Latina”.

Ele observou que a América do Sul “tem uma abundância de recursos naturais para se tornar um ator global mais forte, embora seja limitado por fatores políticos e econômicos”.

“É um pouco o oposto do que vimos acontecer na Índia, onde as políticas corretas significarão que até 2030 continuará a liderar a produção e consumo mundial de leite”, disse, assegurando que a Índia tem projeções de triplicar a produção em 25 anos, e em 10 anos eles vão dobrar.

O presidente da FIL salientou que em 2021, a União Europeia (UE) liderou a produção de leite de vaca a nível mundial, com 31%, seguida dos Estados Unidos, com 22%, enquanto a China, Brasil, Rússia e Nova Zelândia tiveram uma participação entre 5% e 7%, e o Reino Unido 3%.

“Dos restantes 21%, a maioria é da Índia”, disse, resumindo que a Europa e os Estados Unidos produzem mais de 50% do leite de vaca do mundo, embora no caso da UE “o crescimento seja restringido por decisões políticas.”

Fonte: MilkPoint.

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